Viola Liuzzo
Viola Liuzzo | |
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Um memorial para Viola Liuzzo no Condado de Lowndes, Alabama. | |
Nome completo | Viola Fauver Gregg Liuzzo |
Nascimento | 11 de abril de 1925 California, Pensilvânia |
Morte | 25 de março de 1965 (39 anos) Selma, Alabama |
Causa da morte | Morta a tiros por um membro da KKK |
Nacionalidade | norte-americano |
Ocupação | Ativista de direitos civis |
Viola Gregg Liuzzo (11 de abril de 1925 – 25 de março de 1965) foi uma ativista unitária-universalista de direitos civis de Michigan, nos Estados Unidos.[1]
Viola nasceu numa família pobre na cidade de California, Pensilvânia, filha de uma professora e de um minerador, ex militar. Ela passou boa parte da sua infância e adolescência no Tennessee e testemunhou os males da segregação racial nos Estados Unidos. Ela começou então a participar de grupos que lutavam pela igualdade, o que irritava seus pais. Alguns anos depois, se casou e começou a trabalhar mais tempo no seu ativismo.[1]
Em março de 1965, Liuzzo, então uma dona de casa e mãe de cinco filhos, que já tinha um histórico de ativismo local, ouviu o chamado de Martin Luther King, Jr. e viajou de Detroit, Michigan, até Selma, Alabama para os grandes protestos em prol dos direitos civis dos afro-americanos. Liuzzo participou das chamadas Marchas de Selma a Montgomery e ajudou na coordenação e na logística. Logo depois, enquanto estava num carro com outros ativistas, ela foi baleada e morta por membros da Ku Klux Klan (KKK). Ela tinha 39 anos de idade.[2]
Um dos quatro homens que estavam no carro efetuando os disparos contra Viola era Gary Thomas Rowe, que era informante do FBI.[3][4] Rowe testemunhou contra os atiradores.[5] O diretor do FBI, J. Edgar Hoover, iniciou uma campanha de difamação contra Liuzzo pela imprensa. Hoover insinuou para o presidente Lyndon Johnson que Liuzzo era viciada em drogas, que tinha relações sexuais com Leroy Moton, um ativista negro que também estava no carro durante o atentado, e depois chegou a falar que o marido de Viola estaria envolvido com crime organizado. Poucas pessoas acreditaram na campanha de Hoover já que ele não apresentava provas para muitas de suas insinuações.[2]
Viola Liuzzo é hoje reconhecida e agraciada por lideranças e estudiosos dos movimentos de direitos civis nos Estados Unidos. Além de várias outras honras, o nome dela está hoje inscrito no Memorial de Direitos Civis em Montgomery, Alabama.[6]
Referências
- ↑ a b "Viola Gregg Liuzzo Biography - Civil Rights Activist (1925–1965)". Página acessada em 6 de setembro de 2016.
- ↑ a b From Selma to Sorrow: The Life and Death of Viola Liuzzo por Mary Stanton. Athens: University of Georgia Press, 1998. ISBN 0-8203-2045-5.
- ↑ «Viola Liuzzo». Uua.org. Consultado em 6 de setembro de 2016. Arquivado do original em 26 de junho de 2003
- ↑ «Government Evils Not To Be Forgotten». JrHighDropOut.com. Consultado em 6 de setembro de 2016
- ↑ «Gary T. Rowe Jr., 64, Who Informed on Klan In Civil Rights Killing, Is Dead». The New York Times. Consultado em 16 de outubro de 2014
- ↑ «Civil Rights Martyrs | Southern Poverty Law Center». Splcenter.org. Consultado em 11 de abril de 2015
- Nascidos em 1925
- Mortos em 1965
- Naturais da Pensilvânia
- Ativistas dos Estados Unidos
- Pacifistas dos Estados Unidos
- Ativistas dos direitos humanos
- COINTELPRO
- Pessoas assassinadas nos Estados Unidos
- Marchas de Selma a Montgomery
- Alunos da Wayne State University
- Assassinados em 1965
- Mortes por armas de fogo nos Estados Unidos